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Como fazer a gestão financeira para pequenos negócios passo a passo, do fluxo de caixa ao financiamento
Gestão financeira do pequeno negócio é mais do que anotar vendas e pagar contas, é planejar para obter o melhor resultado e garantir a sobrevivência da empresa. Para definir o rumo financeiro é fundamental separar finanças pessoais das da empresa, entender fluxos de recebimento e pagamento e criar rotinas de controle.
Segundo o Sebrae, “Gestão financeira é o conjunto das ações e procedimentos administrativos relacionados com o planejamento, execução, análise e controle das atividades financeiras do pequeno negócio. Em palavras simples: obter o melhor resultado – e o máximo de lucro – nas atividades da empresa“.
Antes de qualquer ação, formalize uma conta exclusiva para a empresa, mesmo sendo microempreendedor individual ou pequena empresa. Essa separação evita confusões, permite apurar corretamente o caixa e facilita a tomada de decisões sobre investimentos, preços e necessidade de capital de giro.
Gestão do caixa no dia a dia

Controlar o caixa é administrar entradas e saídas, e aqui é importante saber diferenciar regime de competência e regime de caixa. No dia a dia, trabalhe com o regime de caixa para entender o dinheiro disponível e priorizar pagamentos. O Sebrae exemplifica esse contraste com uma situação prática:
“Imagine a seguinte situação prática: Um pequeno negócio vende uma mercadoria por R$ 120,00 na seguinte condição: 3 vezes de R$ 40,00 no cheque pré-datado (uma entrada mais 30 e 60 dias); emite a nota fiscal e faz a entrega“.
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No regime de competência a receita é de R$ 120,00, já no regime de caixa entrou apenas R$ 40,00 no momento. Essas diferenças impactam diretamente sua capacidade de pagamento.
Faça um fluxo de caixa diário ou semanal, registre todas as entradas e saídas e classifique prioridades. Conhecer sobras e faltas de caixa ajuda a planejar compras, salários e impostos, e evita surpresas que podem comprometer o funcionamento do negócio.
Gestão de investimentos

Crescer exige investimento, mas investir sem planejamento pode deixar o empreendimento sem capital de giro. Antes de aplicar recursos, elabore um pequeno projeto de viabilidade e plano de negócio, avaliando custos, prazos e retorno esperado. O Sebrae recomenda ferramentas como a Planejadora Financeira do Sebrae para estimar necessidades.
No Brasil, existem opções de financiamento, porém cada linha tem regras e garantias. Como relata a fonte: “No Brasil, existem diversas linhas de crédito para financiar os investimentos dos pequenos negócios como por exemplo o Cartão BNDES, o Finame, também do BNDES, e os Fundos Constitucionais“.
Avalie incluir capital de giro na operação de investimento, negociar condições com o banco e considerar garantias ou sociedades de garantia de crédito, quando necessárias.
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Uma regra prática: prefira financiar investimentos com linhas específicas de investimento em vez de usar reservas de caixa que mantêm a operação. Preserve capital de giro suficiente para os ciclos de venda e compra da sua atividade.
Como enfrentar crises e renegociar dívidas

Crises acontecem e podem levar empresas a fechar por falta de ajustes rápidos. O primeiro passo é identificar a origem do problema, se vem da queda de receitas, do aumento de custos ou de despesas extraordinárias. Tenha uma visão clara dos lançamentos e do fluxo de caixa para priorizar ações.
Negocie primeiro dívidas com juros mais elevados e procure alongar prazos com fornecedores. Se for preciso consolidar dívidas em uma linha de juros mais baixos, converse com o gerente bancário, mas evite usar novo limite para se endividar novamente.
Reduza custos sem comprometer o mínimo operacional, e mantenha um controle diário ou semanal das entradas e saídas para antecipar necessidades.
Gestão Financeira para Pequenos Negócios – Controle Total!

Em resumo, a gestão financeira do pequeno negócio exige disciplina, planejamento e conhecimento básico de contabilidade e fluxo de caixa. Separe contas, acompanhe o regime de caixa, planeje investimentos com projetos de viabilidade e tenha estratégias claras para negociar dívidas em momentos de crise.
Com essas práticas, a empresa aumenta sua resistência a oscilações e melhora suas chances de crescimento sustentável.





