Franquias buscam novo modelo para dividir custos de inovação tecnológica

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Artigo escrito por Hernane Cardoso

Data da publicação 03/07/2025

O setor de franquias, um dos pilares do varejo brasileiro, está se reinventando para acompanhar os avanços tecnológicos e manter sua competitividade.

Diante do alto custo de inovação, redes de franquias estudam formas colaborativas para compartilhar investimentos em tecnologia entre franqueadores e franqueados. Essa abordagem coletiva pode definir os rumos do setor nos próximos anos.

Franquias buscam novo modelo para dividir custos de inovação tecnológica

Pressão por digitalização acelera mudanças

Com a transformação digital acelerada pela pandemia e pela evolução constante do comportamento do consumidor, tornou-se essencial investir em ferramentas como plataformas de e-commerce, sistemas de gestão integrados, aplicativos personalizados e análise de dados.

No entanto, os altos custos envolvidos dificultam a adesão de muitas unidades franqueadas.

Para resolver esse impasse, empresas do setor começaram a discutir formas de ratear os investimentos em tecnologia, criando modelos mais justos e sustentáveis.

A ideia é que os franqueadores liderem os projetos, mas contem com a colaboração financeira dos franqueados, que se beneficiarão diretamente das inovações.

Iniciativas coletivas ganham força

Entidades como a Associação Brasileira de Franchising (ABF) têm atuado para aproximar redes e fomentar iniciativas conjuntas.

Alguns grupos estão considerando a criação de fundos de investimento coletivos ou a contratação compartilhada de soluções tecnológicas, o que permite ganho de escala e redução de custos.

Modelos como esse já têm precedentes em outras áreas da economia colaborativa e mostram que a união pode ser uma saída estratégica para redes menores ou com menos capital disponível.

A colaboração também fortalece o relacionamento entre franqueador e franqueado, criando um ecossistema mais integrado.

Desafios regulatórios e operacionais

Apesar do avanço da discussão, ainda existem entraves jurídicos e operacionais. O modelo de franquia no Brasil exige cuidados na relação contratual, e qualquer novo arranjo precisa respeitar os limites da legislação vigente.

Além disso, há diferenças significativas entre os perfis dos franqueados, o que pode dificultar a implementação de uma estratégia única.

Outro ponto sensível é a distribuição dos benefícios: como garantir que todos os franqueados usufruam das melhorias de forma equilibrada? A transparência e o planejamento serão essenciais para que o modelo colaborativo funcione na prática.

O futuro das franquias está na cooperação

O movimento de compartilhamento de custos em tecnologia aponta para um novo ciclo de amadurecimento do franchising no Brasil. Ao reconhecer que a inovação é essencial, mas financeiramente desafiadora, as redes buscam soluções criativas e sustentáveis.

A tendência é que modelos colaborativos ganhem espaço, impulsionando não apenas a digitalização das franquias, mas também uma cultura mais solidária entre os diferentes elos da cadeia.

Em um cenário de constantes mudanças, quem aposta na cooperação sai na frente.

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