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A alíquota do IOF voltou a subir com a decisão recente do Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos do decreto que revogava o aumento. Assim, os percentuais aplicados desde 2021, durante o governo Bolsonaro, foram restabelecidos.
A decisão gerou dúvidas entre consumidores e instituições financeiras. Contudo, a Receita Federal confirmou que não haverá cobrança retroativa. Isso traz alívio para quem realizou operações no período de suspensão do decreto.

Quais alíquotas voltaram a valer?
Com a decisão, o Decreto nº 12.499, de 11 de junho de 2025, recuperou força legal. A medida afeta diretamente operações internacionais e financeiras, como:
- Compras com cartão de crédito no exterior: IOF de 3,5%;
- Câmbio para compra de moeda estrangeira: de 1,1% para 3,5%;
- Empréstimos empresariais: alíquota diária duplicada para 0,0082%;
- Fundos de direitos creditórios: 0,38%;
- Seguros VGBL: passam a recolher 5% de IOF.
Como resultado, tanto empresas quanto consumidores devem recalcular seus custos para evitar surpresas no orçamento.
Por que o STF decidiu manter o decreto?
Segundo Moraes, o Congresso excedeu suas atribuições ao anular um decreto presidencial com efeito tributário. Dessa forma, o STF entendeu que a medida seria inconstitucional.
Embora a decisão tenha causado reações no meio político, o tribunal reforçou a separação entre os poderes. Assim, o decreto presidencial voltou a ter validade plena, obrigando a aplicação das alíquotas originais.
Especialistas acreditam que o julgamento cria um precedente importante. Afinal, ele reafirma a importância de respeitar os limites legais no processo de revogação de normas tributárias.
Haverá cobrança retroativa?
A dúvida gerou apreensão entre consumidores. Muitos se perguntaram se precisariam pagar IOF sobre operações feitas durante o período de suspensão do decreto. Felizmente, a Receita Federal foi clara.
De acordo com o comunicado oficial, não será exigido nenhum valor retroativo.
A Receita justificou a decisão com base no Parecer Normativo Cosit nº 1, de 2002. O documento orienta que tributos suspensos por força legal não devem ser cobrados após o retorno da norma.
Portanto, nem bancos nem instituições financeiras precisam refazer cobranças ou repassar encargos aos clientes.
O impacto no bolso do brasileiro
Embora a ausência de cobrança retroativa traga alívio, as alíquotas mais altas já impactam o cotidiano. Compras no exterior, câmbio e operações de crédito ficaram mais caras.
Quem costuma usar o cartão de crédito em viagens internacionais sentirá a diferença. Além disso, o setor empresarial também precisará se reorganizar. Afinal, o custo do crédito aumentou em um cenário já desafiador.
Diante disso, é essencial revisar gastos e planejar com mais atenção. Utilizar planilhas, aplicativos de controle financeiro e cortar excessos pode minimizar prejuízos.
Comparativo com o governo Bolsonaro
O aumento do IOF, promovido em 2021, foi uma estratégia do governo Bolsonaro para reforçar a arrecadação. Na época, a justificativa era equilibrar o orçamento em meio à pandemia.
Contudo, críticos apontaram que a medida penalizou especialmente a classe média e os pequenos empreendedores. Mesmo assim, a política foi mantida e agora retorna com força total.
Atualmente, o cenário fiscal segue apertado. Por isso, o governo optou por manter os percentuais, ao invés de propor reduções.
O que vem pela frente?
Especialistas avaliam que o decreto permanecerá válido até que o Congresso proponha uma nova medida, respeitando as regras constitucionais.
Enquanto isso, consumidores e empresas devem redobrar os cuidados com o planejamento financeiro. O impacto do IOF pode ser significativo, sobretudo em operações recorrentes.
Além disso, acompanhar as atualizações do site da Receita Federal ajuda a evitar surpresas desagradáveis.
Conclusão
O Decreto IOF 2025 está em vigor novamente. A medida, respaldada pelo STF, restabeleceu alíquotas mais altas em diversas operações financeiras. Embora a cobrança retroativa tenha sido descartada, os efeitos no bolso são imediatos.
Consumidores devem se organizar. Além disso, entender como o imposto incide sobre cada transação é essencial. Planejamento e informação continuam sendo as melhores formas de proteção financeira.