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A UnionPay, maior bandeira de cartões da China, acaba de estrear oficialmente no mercado brasileiro. Essa movimentação era esperada há anos e, agora que se concretizou, promete aquecer a concorrência e mudar o cenário dos pagamentos por aqui.
Atualmente, a UnionPay está presente em mais de 180 países. Só em 2023, foram emitidos mais de 9 bilhões de cartões em todo o mundo. No Brasil, essa entrada vem acompanhada de parcerias estratégicas com bancos e maquininhas, o que indica um plano de crescimento bem definido.
Para o mercado financeiro nacional, a presença da UnionPay representa novas oportunidades. Afinal, até então, as bandeiras dominantes sempre foram Visa, Mastercard e Elo. Com a chegada da empresa chinesa, as instituições terão mais opções para negociar taxas e ampliar a inclusão financeira.
Além disso, o Brasil é um destino turístico relevante para chineses e também um polo importante de negócios. Portanto, permitir que clientes da UnionPay realizem compras por aqui estimula o turismo e fortalece as relações comerciais entre os dois países.
Do lado dos consumidores, a principal vantagem é a possibilidade de usar mais um tipo de cartão, com vantagens próprias e taxas que podem ser competitivas. Isso é especialmente importante para turistas ou imigrantes chineses no país, que agora terão mais facilidade nas transações.
Para lojistas, aceitar UnionPay pode abrir portas para um novo público. Com a integração aos sistemas de pagamento locais, será possível receber via UnionPay sem complicações. É uma forma de se destacar e atrair mais vendas com tecnologia já consolidada no exterior.
A entrada da UnionPay no Brasil foi possível graças a acordos com instituições financeiras e adquirentes locais. Empresas como Cielo, Rede e Getnet já estão preparando a aceitação da nova bandeira em suas maquininhas. Além disso, bancos digitais e tradicionais avaliam incluir cartões da UnionPay em seus portfólios.
Ainda que no início o volume de transações seja pequeno, a tendência é de crescimento progressivo. Em mercados como o mexicano e o argentino, por exemplo, a UnionPay conseguiu dobrar sua participação em menos de três anos.
A decisão de entrar no Brasil não é por acaso. O país vive um momento de evolução no setor financeiro, com o Pix consolidado, aumento no uso de carteiras digitais e forte competição entre bancos e fintechs. Esse ambiente favorece inovações e a chegada de novas soluções.
A China também tem interesse em fortalecer sua presença internacional diante de tensões comerciais com os Estados Unidos. Estar no Brasil, a maior economia da América Latina, é estratégico tanto para a expansão da UnionPay quanto para os planos do governo chinês.
Apesar do potencial, a UnionPay terá desafios importantes. O principal deles será conquistar a confiança do consumidor brasileiro, que já está acostumado com outras bandeiras. Além disso, será preciso investir pesado em marketing, capacitação de lojistas e integração com os sistemas nacionais.
Outro ponto importante é a aceitação online. Para competir com as gigantes já consolidadas no e-commerce, a UnionPay precisará se adaptar aos meios de pagamento digitais que estão em alta no país, como carteiras virtuais e pagamentos por aproximação.
A chegada da UnionPay pode ser o começo de uma nova era no setor de cartões no Brasil. Ainda é cedo para medir o impacto total, mas os sinais são promissores.
Com uma base global forte, parcerias locais e interesse crescente no mercado latino-americano, a bandeira chinesa pode incomodar os líderes do setor.
Para especialistas, consumidores e lojistas, vale a pena acompanhar de perto esse movimento. Afinal, quando um gigante asiático entra no jogo, o mercado nunca mais é o mesmo.
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